(É para eles que dirijo este texto)
Percebem que a mulher não precisa de conquistar o poder.
Ela já tem o poder.
Ela tem vários poderes!
Desde logo, o da maternidade.
A capacidade de gerir vários problemas em simultâneo.
O poder, dizem, de influenciar as carreiras políticas e os cargos de Estado.
O poder de sedução.
...
(Interessa-me, neste texto, os poderes fácticos e não os poderes formais)
Como também não pretendo desenvolver o tema dos desvios comportamentais que colocaram a mulher, ao longo de séculos, numa posição de humilhação e subalternidade.
De discriminação estúpida e sob violência bruta.
Gratuita.
Física e psicológica, esta a mais dolorosa.
Vou, outrossim, enaltecer e comover-me com as grandes histórias de amor.
Amor Velho, Antigo, mas que nunca passa de moda.
Amor Novo, " à moda antiga" !
Amor Amado.
Do Amor de Mãe, de Filha, de Irmã.
De Mulher.
Da mulher que é sagaz, mas pueril,
inteligente, mas "naif",
generosa, mas egoísta,
amorosa, mas frontal,
vaidosa, mas despojada,
romântica, mas pragmática,
sensual, mas espiritual,
perfeita, mas imperfeita.
...
Tantas emoções, tantas contradições!
Como a Natureza, afinal.
Há homens muito inteligentes!
Que sabem (eles sabem) entender "este mundo", "este todo".
Não pretendem mudá-lo.
Querem-no assim.
Amam-Na assim.
Há Homens que são muito inteligentes!
Poema de amor
de António e Cleópatra
Pelas tuas mãos medi o mundo
e na balança pura dos teus ombros
pesei o ouro do sol e a palidez da lua.
Sophia de Mello Breyner Andresen,
( No Tempo Dividido, 1954)
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