domingo, 15 de maio de 2011

Economia e Ecologia

Gaivotas em harmonia com a Natureza e o Homem, Abril 2011 (Céu)

"Entre Economia e Ecologia, não se coloca a questão de uma ou outra, tem de ser uma e outra"


Esta não é uma dúvida, é uma certeza e não pode ser outra a conclusão: a Economia tem de estar alinhada com a Ecologia, uma não pode estar nos antípodas da outra.

Nos dias de hoje, há uma consciência quase universal da importância decisiva da Ecologia na vida das pessoas e das sociedades, mas nem por isso deixamos de presenciar atentados ao equilíbrio entre o Homem e a Natureza.

Aos discursos empolgados sobre a defesa da qualidade de vida, da Natureza e do Planeta, sucedem-se no terreno as violações contra estes princípios.

Ou seja, a lógica é: devemos ser amigos da Natureza; mas recuperando o ditado, "amigos, amigos, negócios à parte".

Não deixa de ser actual, verdadeiro e irónico. E cínico também.

Por vezes, sou levada a pensar que o "Planeta Azul" é um grande laboratório experimental dominado pela Economia das grandes potências.

E, neste conflito de interesses, o que percebemos é que o chamado desenvolvimento económico, tecnológico e industrial tem provocado graves danos ao ambiente.

É aqui que reside a verdadeira antítese: mais poder económico, menos ecologia.

Mas,  o avanço da tecnologia a favor da economia e contra a ecologia é uma "faca de dois gumes", no sentido em que, parecendo melhorar a vida das pessoas e das sociedades, põe em causa o equilíbrio dos ecossistemas, provocando a revolta da Natureza, a qual se tem traduzido em catástrofes cada vez mais fortes e generalizadas.

Reflexão: " Um certo modelo de desenvolvimento tem provocado na Natureza muitos rombos;
 alguém está a dar real importância aos sucessivos alertas que têm sido feitos por esta?"
ou
"A melhor imagem (para as agressões do Homem à Natureza) é a de um homenzinho pequenino a bater com um pau num dragão; sabemos que o dragão vai reagir, mas desconhecemos em que momento e qual a intensidade da sua fúria".

Não resisto a citar o Apóstolo S. Paulo "...tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6:7)

Mas o conceito de um mundo melhor faz todo o sentido!

Talvez o caminho esteja no retorno aos valores humanos, aos princípios éticos e morais aplicados à responsabilidade individual e colectiva.

Deixemos de ficar impassíveis quanto ao que nos rodeia.

Deixemos de ser actores meio catatónicos.

Acordemos. Inteligência e emoção são fundamentais, como diria António Damásio.

Tudo isto nos conduz à conclusão seguinte: Economia e Ecologia são complementares e devem ser indissociáveis.

Citando Alçada Batista : " Numa civilização do trabalho na qual as pessoas se avaliam muito mais por aquilo que fazem do que por aquilo que são (...) ", termino apelando a que  metamos mãos à obra e defendamos a acção conjunta da Economia e da Ecologia.


Céu

sábado, 14 de maio de 2011

Poemas com mar ao fundo

Mar de Albufeira, 30/04/2011 (Céu)


Credo


Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na Deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
 
 
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
 
 
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
 
 
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o Amor tem asas de ouro. Ámen.
 
 
Natália Correia, in "Sonetos Românticos"

domingo, 1 de maio de 2011

Mãe

 Dia de Páscoa, 2011 







Mãe
Uma Mulher que, apesar da pouca instrução,
conseguiu desbravar os segredos da vida.
Uma Mulher que tem na velhice
o admirável vigor da juventude.
Uma Mulher que sempre conseguiu reagir
com a bravura de uma leoa.

Mãe
Ensinaste-me a vislumbrar os caminhos da vida,
a dar os primeiros passos,
a dizer as primeiras palavras.
Mereces todo o meu respeito,
o meu afecto,
e a minha gratidão.

Mãe
Devo-te a Vida!










Céu