No último fim-de-semana, tive necessidade de relembrar Brecht.
Brecht desenvolve o conceito de Teatro Épico, opondo-o ao conceito aristotélico de Teatro Clássico.
Para tal, serve-se da ideia de distanciamento, com a qual procura incutir no espectador o seu envolvimento racional e o espírito crítico, por contraposição ao envolvimento emocional e a ilusão que o Teatro Clássico proporciona.
Esta síntese vem a propósito da dificuldade que tive em encontrar o ponto de equilíbrio entre a emoção e a razão, na escolha dos temas a colocar neste espaço.
Daí a necessidade de parar algum tempo.
Daí a necessidade de "distanciamento" para ganhar espírito crítico.
A vida é plena de sentimentos, emoções, contradições, encantamentos, caos, ordem...
E, por vezes, "agarramos" as coisas com sofreguidão, a qual nos tolda a razão e nos impede de ter uma visão mais serena e mais lúcida da realidade.
Não sou fã do "tudo controlado", mas também não sou adepta da "roda livre".
Eis-me aqui, hoje, e para o futuro, procurando o ponto certo.
O ponto de equilíbrio.
MC
4 comentários:
Uma imagem erudita para explicar esta ausência de 17 dias à procura do ponto de equilibrio!
Está tudo bem, Ceuzita?
Um beijinho.
Pedro
Parar,neste caso,é caminhar.A vida só faz sentido se ,a cada momento,a questionarmos e nos empenharmos na procura do que podemos fazer para lhe dar realmente valor.Neste permanente empenho os amigos são importantes.
AR
Céu. Tu paraste e foste relembrar Berthol Brecht. Nós ontem, fomos ver Berthol, no Teatro Aberto. Que coincidência esta sintonia do acaso.
Um beijinho.
Já sentia a tua falta!
Não nos deixes tanto tempo...
Um abraço.
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