ÂNSIA
Não me deixem tranquilo
... não me guardem sossego
eu quero a ânsia da onda
o eterno rebentar da espuma
As horas são-me escassas:
dai-me o tempo
ainda que o não mereça
que eu quero
ter outra vez
idades que nunca tive
para ser sempre
eu e a vida
nesta dança desencontrada
como se de corpos
tivéssemos trocado
para morrer vivendo
eu quero a ânsia da onda
o eterno rebentar da espuma
As horas são-me escassas:
dai-me o tempo
ainda que o não mereça
que eu quero
ter outra vez
idades que nunca tive
para ser sempre
eu e a vida
nesta dança desencontrada
como se de corpos
tivéssemos trocado
para morrer vivendo
MIA COUTO, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas" (Caminho, 2009)
1 comentário:
Es muy bonito María!!! Me ha emocionado. :)
Cuídate mucho!! Disfruta cada segundo
Martina
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