quarta-feira, 13 de junho de 2012

Às vezes ficamos imóveis




Gaivotas planando sobre o rio
Tejo (Céu,  2012)




"(...) Ninguém, em verdade, viaja para uma ilha. As ilhas existem dentro de nós, como um território sonhado, como um pedaço do nosso passado que se soltou do tempo (...) "

                    Mia Couto, in PENSAGEIRO FREQUENTE, (Caminho, 2010)





Às vezes ficamos imóveis.

Parados.

Anémonas na praia...

distante(s)

Doentes da vontade.

Dolentes.

Nada nos move.

Nada nos apetece.

Ficamos expectantes,

espectadores de um estranho bailado.

De uma dança que não nos pertence.

E faz frio!

Faz frio, estando calor...

E, por isso, às vezes, ficamos imóveis.

Quietos,

"mudos como os espelhos"







                                                 "Não sei dizer o que sinto, sinto e não falo"
                                                                             (Fernando Pessoa)








Céu











1 comentário:

Guida disse...

é bom provar o mel de ilhas guardadas na memória, mas é melhor ainda respirar o presente e ter fé no futuro. E a minha amiga Céu consegue, felizmente, o pleno.