domingo, 6 de novembro de 2011

Até sempre!

Relógio  (Céu, 2009)




Hoje, perdi uma Companheira de estrada.
De luta!
Fica-nos um buraco no peito.
Que dói!

Existe, entre as pessoas que sofrem de cancro, uma solidariedade, um entendimento especial.
Uma compreensão do sofrimento e dos medos.
Da ansiedade e da força positiva que é necessária e que também cansa!...

( Ser positivo não é fácil...é preciso ter força e coragem.
Aguentar! )

Por vezes, os joelhos dobram...
É uma compreensão e solidariedade não dizíveis mas objectivas.
Transparentes, para nós, mas nem sempre alcançáveis por todos.
Por vezes, sabemos, sim nós sabemos, com um simples olhar o que o "outro" sente.
O que o "outro" necessita.
E, até, o que pensa.
Se um companheiro perde esta luta desigual, sentimo-nos derrotados, incapazes, frustrados.
De mal connosco. Como se a culpa também fosse nossa.
Como se deixássemos um camarada para trás.

( Como na guerra! )

A  ausência definitiva de alguém que travava uma batalha desigual e injusta, atinge-nos brutalmente.
De repente, é como se tivéssemos também de recomeçar o caminho.
De repente, é como se nos amputassem "um membro".
Algo dentro da nossa alma se estilhaça e é levada aos pedaços não sei para onde.
Talvez vá com quem partiu...

Ficou comigo o teu sorriso, Amiga.
Companheira.




Céu