Gaivotas em harmonia com a Natureza e o Homem, Abril 2011 (Céu) |
Esta não é uma dúvida, é uma certeza e não pode ser outra a conclusão: a Economia tem de estar alinhada com a Ecologia, uma não pode estar nos antípodas da outra.
Nos dias de hoje, há uma consciência quase universal da importância decisiva da Ecologia na vida das pessoas e das sociedades, mas nem por isso deixamos de presenciar atentados ao equilíbrio entre o Homem e a Natureza.
Aos discursos empolgados sobre a defesa da qualidade de vida, da Natureza e do Planeta, sucedem-se no terreno as violações contra estes princípios.
Ou seja, a lógica é: devemos ser amigos da Natureza; mas recuperando o ditado, "amigos, amigos, negócios à parte".
Não deixa de ser actual, verdadeiro e irónico. E cínico também.
Por vezes, sou levada a pensar que o "Planeta Azul" é um grande laboratório experimental dominado pela Economia das grandes potências.
E, neste conflito de interesses, o que percebemos é que o chamado desenvolvimento económico, tecnológico e industrial tem provocado graves danos ao ambiente.
É aqui que reside a verdadeira antítese: mais poder económico, menos ecologia.
Mas, o avanço da tecnologia a favor da economia e contra a ecologia é uma "faca de dois gumes", no sentido em que, parecendo melhorar a vida das pessoas e das sociedades, põe em causa o equilíbrio dos ecossistemas, provocando a revolta da Natureza, a qual se tem traduzido em catástrofes cada vez mais fortes e generalizadas.
Reflexão: " Um certo modelo de desenvolvimento tem provocado na Natureza muitos rombos;
alguém está a dar real importância aos sucessivos alertas que têm sido feitos por esta?"
ou
"A melhor imagem (para as agressões do Homem à Natureza) é a de um homenzinho pequenino a bater com um pau num dragão; sabemos que o dragão vai reagir, mas desconhecemos em que momento e qual a intensidade da sua fúria".
Não resisto a citar o Apóstolo S. Paulo "...tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6:7)
Mas o conceito de um mundo melhor faz todo o sentido!
Talvez o caminho esteja no retorno aos valores humanos, aos princípios éticos e morais aplicados à responsabilidade individual e colectiva.
Deixemos de ficar impassíveis quanto ao que nos rodeia.
Deixemos de ser actores meio catatónicos.
Acordemos. Inteligência e emoção são fundamentais, como diria António Damásio.
Tudo isto nos conduz à conclusão seguinte: Economia e Ecologia são complementares e devem ser indissociáveis.
Citando Alçada Batista : " Numa civilização do trabalho na qual as pessoas se avaliam muito mais por aquilo que fazem do que por aquilo que são (...) ", termino apelando a que metamos mãos à obra e defendamos a acção conjunta da Economia e da Ecologia.
Céu